“Muitos daqueles que se julgam líderes deveriam conhecer o Raul. Talvez assim merecessem a liderança que acreditam exercer. Durante a minha vida profissional cruzei-me com algumas figuras cujo sucesso surpreende muitas pessoas. Essas pessoas não tinham um currículo espetacular, não tinham muito Networking nem marketing pessoal, e as habilidades que tinham não eram surpreendentes. Conheci o Raul nos tempos da faculdade. Na altura, tínhamos um colega de turma, o Pena, que era um génio. Quando chegava a hora de escolhermos as pessoas para um grupo de trabalho, todos queriam ficar com o Pena, porque ele fazia tudo sozinho. O Pena escolhia o tema do trabalho, pesquisava sobre o tema, escrevia e ainda desenhava a capa do trabalho. Já o Raul não dava nenhum palpite, ficava apenas no seu canto e dizia que a sua função no grupo era apenas uma, apoiar o Pena. Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul já estava providenciado, antes do colega concluir a frase.
O Pena formou-se em primeiro lugar, e deu uma grande ajuda aos restantes elementos da turma, uma vez que, além de fazer os trabalhos de grupo sozinho, ainda permitia que os colegas copiassem as respostas dele nos exames.
No último dia de aulas, o diretor da escola chamou o Pena de “paradigma do estudante que enobrece a instituição de ensino”. E o Raul estava na terceira fila, a aplaudir.
Dez anos mais tarde, o Pena era considerado brilhante na área de Planeamento de uma Multinacional. Fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos. E quem era chefe do Pena? O Raul. E a grande questão é: “Como é que o Raul conseguiu chegar a essa posição?”. O Raul dizia diariamente que os seus colaboradores eram melhores que ele. E continuava a fazer o que fazia nos tempos da escola, apoiava. Se alguém tinha um problema, o Raul estava sempre pronto para ajudar.
Certo dia, num evento, conheci o Vice-Presidente de Recursos Humanos da empresa do Raul. E ele contou-me que o Raul tinha uma habilidade incrível: ENTENDIA DE PESSOAS. E entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios colaboradores para fazer com que eles se sentissem melhores e fossem mais produtivos. E o vice-presidente terminou a nossa conversa com a seguinte frase: “Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um génio consegue vendê-lo”. Essa era a verdadeira habilidade do Raul, facilitar as relações entre as pessoas.”
Fonte: Max Gehringer – CBN
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Objetivos:
No final da formação, os formandos serão capazes de:
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